Trabalhava de forma discreta quando todos à sua volta continuavam com as suas tarefas com total ignorâcia em relação ao que fazia.
Pegava primeiro numa folha, depois noutra, até que todas estavam arranjadas. Quando chegava a hora de as regar, espalhava o cheiro a terra pelo Open Space como se de um perfume se tratasse. Que maravilha!
De regador vermelho na mão – bem contrastante em relação a tudo o resto que trazia – passava ao canteiro seguinte sem nunca tirar o olhar do anterior, que fitava enquanto assobiava de forma quase inaudíve até lá voltar para um último ajuste.
E lá ia ele, por ali fora com terra na camisa e um sorriso de bochecha a bochecha. Eu? Eu fiquei com o cheiro a terra acabada de regar, uma verdadeira delícia que me acompanhou durante tudo o que me restava daquela manhã.