Rompem pelas calçadas decididas em singrar. São altas, potentes e carregam anos de história, sangue, lágrimas, amor… O que por elas já passou.
Têm colunas e arcadas, janelas e reentrâncias. Marcam as ruas, as cidades, as gentes que nelas moram.
Contam histórias, fazem viver, tiram vidas. São máscaras e encostos. São disfarces de tempos que já passaram mas ainda cá estão. Todos os dias servem de casa a quem as tem e de encosto a quem com elas sonham.
Preenchem quarteirões, mascaram populações. Alinham-se umas às outras com mais ou menos geometria até à intersecção seguinte.
Todos os dias ali, todos os dias com a mesma carga. Faça sol, chuva ou neve, são as fachadas de uma cidade multifacetada que de belo tudo tem.
Budapeste, janeiro de 2016