O relógio marca as seis e os carros começam a passar. Ao longe ouvem-se as primeiras gaivotas, tímidas e ainda indecisas em relação à brisa que vão sentindo. O número de carros aumenta à medida que o sol espreita e rasga as nuvens carregadas de algodão. É o amanhecer – o regresso da luz que nos move.
E as gaivotas lá aparecem. Preenchem a rua, o céu, os ouvidos. Fazem-no com uma certa melodia, em sintonia com o dia que há para nascer. E viver. São as primeiras a atrever-se a enfrentar o futuro delineado pelo que dos raios vem.